Por muitos anos seguidos o Ford Ecosport reinou absoluto sem concorrentes, isso até a chegada do Renault Duster. Depois do lançamento do Duster, o jipinho da Ford perdeu alguns compradores para o Renault
O Renault tem um visual que não agrada muito, mas mesmo assim vende bem. Alto, robusto e com cara de off road são algumas das características que fazem o consumidor brasileiro se apaixonar pelo modelo, além disso seu jeitão parrudo passa uma maior sensação de segurança.
Outro atrativo do carro da Renault é o espaço interno, ele transporta muito bem quatro adultos e uma criança. No porta-malas a capacidade de 475 litros é muito boa, comparando ao do Ecosport tanto da versão anterior como da atual podemos dizer que o Duster tem um excelente espaço para as bagagens.
A versão Dynamique 1.6 como a que dirigi tem apenas tração dianteira. O acabamento é bem legal e lembra muito o do Sandero.
Confesso que logo no lançamento eu não gostei do desenho do carro, eu achava que ele lembrava muito o russo Lada Niva. Com o passar do tempo eu fui simpatizando mais e mais com o carro.
Quando comecei a trabalhar na fábrica da Renault e passei a conviver diariamente com vários Duster minha opinião mudou de vez, hoje até consigo enxergar alguma beleza no desenho do automóvel, embora ainda não o considere lindo.
Bem equipado traz tudo o que o consumidor brasileiro mais gosta, além de itens importantes como o air bag e abs. Quase tudo certo, pena que a segurança do terceiro ocupante do banco traseiro não foi uma preocupação da Renault, mas o descaso não é exclusivo do Renault Duster, infelizmente isso ainda pode ser verificado na maioria dos carros nacionais.
Dirigindo a impressão é de estar conduzindo um veículo maior do que ele realmente é. A posição de dirigir mais elevada é muito agradável.
O motor é o mesmo 1.6 16V da linha Sandero capaz de gerar até 115 cavalos quando abastecido com etanol.
E o desempenho?
Se não é excelente, também não faz feio graças ao bom câmbio manual de cinco marchas, claro que se comparado com o Duster 2.0 a versão de 1.600 cilindradas deixa a desejar.
Acho uma pena a versão 1.6 não oferecer opção de câmbio automático, porém o desempenho seria bem pior já que o conversor de torque consome alguns cavalos, e para piorar certamente o câmbio automático seria o mesmo antiquado de quatro marchas que equipa a versão 2.0, o que comprometeria ainda mais o desempenho.
O automóvel é pesado (1258 kg) e como era de se esperar o consumo não é dos melhores, confira abaixo as médias:
- Gasolina: 8,0 km/l
- Etanol: 5,6 km/l
Considero essas médias de consumo bem ruins para um carro com essa cilindrada e equipado com câmbio manual.
A suspensão alta faz o carro enfrentar buracos e lombadas sem reclamar, o mais legal é que você não corre o risco de raspar o assoalho. Outro detalhe interessante do carrinho é que mesmo sem ter tração nas quatro rodas ele encara até um off road leve.
A direção hidráulica assim como a do Sandero deveria ser mais leve em manobras, porém acho que ela transmite segurança na estrada.
Pesquisando no site mais forte em vendas de carros aqui de Curitiba encontrei preços que variam de R$ 45 mil a R$ 53 mil para a versão Dynamique ano 2012.
Dê preferência aos modelos que tenham feito revisão nas concessionárias, pois como A Renault oferece 3 anos de garantia é possível que você compre um seminovo, ainda coberto pela garantia de fábrica.
Enfim, o Renault Duster Dynamique 1.6 16V é uma ótima opção de compra. Ele tem muitas qualidades, infelizmente o preço não é dos melhores, mas também não assusta quando nos lembramos dos bons equipamentos que o modelo traz de série.
Boa sorte e boa compra.
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